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Quando o Comandante Manda o passageiros Desembarcar

Quando o Comandante Manda o passageiros Desembarcar

30/05/2025 09h22Atualizado há 4 meses
Por: wordpress
Foto: Reprodução
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Sentar-se à janela, afivelar o cinto, ajustar o encosto e preparar-se para a decolagem. Para a maioria dos

passageiros, o início de um voo é um momento rotineiro ou até mesmo prazeroso. No entanto, em alguns

casos, essa experiência termina antes mesmo de o avião deixar o solo. Situações em que passageiros são

retirados de aeronaves comerciais têm se tornado mais frequentes — e muitas vezes polêmicas — nas

manchetes de todo o mundo. Mas o que está por trás dessas decisões?

O Comandante: A Autoridade Suprema a Bordo

Pouca gente sabe, mas dentro de uma aeronave, o Comandante exerce autoridade comparável à de um

juiz em seu tribunal ou de um capitão em alto-mar. Segundo o Código Brasileiro de Aeronáutica e normas

internacionais da aviação civil, a decisão final sobre o embarque ou desembarque compulsório de um

passageiro cabe exclusivamente ao Comandante da aeronave, que tem como missão garantir a segurança

da tripulação, dos passageiros e da operação de voo como um todo.

“Mesmo antes da decolagem, o avião já está sob a jurisdição do comandante, que pode determinar a

retirada de um passageiro caso identifique risco ou comportamento inadequado”, explica o comandante

aposentado Jorge Miranda, com mais de 30 anos de aviação comercial.

Causas Comuns para Desembarque Compulsório

Diversos comportamentos podem justificar a retirada de um passageiro de uma aeronave. Entre os mais

comuns, destacam-se:

1. Comportamento Agressivo ou Ameaçador

Brigas, insultos, ameaças verbais ou físicas, mesmo que entre passageiros, são motivos imediatos para

retirada. Qualquer sinal de agressividade coloca em risco a ordem a bordo.

2. Intoxicação por Álcool ou Drogas

Pessoas visivelmente embriagadas ou alteradas não podem permanecer na aeronave, pois podem se tornar

imprevisíveis ou violentas durante o voo.

3. Recusa em Obedecer à Tripulação

Não seguir instruções como afivelar o cinto, desligar o celular, guardar a bagagem ou manter o assento na

posição vertical pode parecer banal, mas é um problema de segurança. A recusa reiterada é motivo para

retirada.

4. Ameaças à Segurança do Voo

Falsas declarações como “estou com uma bomba” ou qualquer tipo de alarme falso — mesmo em tom de

brincadeira — são levadas extremamente a sério.

5. Problemas de Saúde Não Declarados

Se um passageiro apresenta sinais de condição médica grave e não pode ser adequadamente assistido

durante o voo, o comandante pode optar por desembarcá-lo com segurança, inclusive por razões

humanitárias.

6. Documentação ou Condições Legais Irregulares

Passaporte vencido, visto inválido ou não cumprimento de exigências sanitárias (como vacinação

obrigatória) também resultam na retirada antes da decolagem.

Normas de Conduta: Como o Passageiro Deve se Comportar a Bordo

Para evitar transtornos, o passageiro deve seguir algumas regras básicas de convivência e segurança,

válidas em qualquer companhia aérea do mundo:

 Respeitar a tripulação: As ordens dos comissários e do comandante devem ser obedecidas.

 Evitar comportamentos inadequados: Gritaria, discussões acaloradas ou qualquer perturbação da

ordem são intoleráveis.

 Controlar o consumo de álcool: A ingestão de bebidas alcoólicas deve ser moderada e restrita às

fornecidas a bordo.

 Manter o bom senso: Reclinar o assento no momento certo, controlar o uso do banheiro e manter a

higiene pessoal fazem parte do respeito ao coletivo.

 Cuidado com celulares e eletrônicos: Devem ser desligados ou colocados em “modo avião”

conforme instruções da tripulação.

Casos Reais: Manchetes Que Deram o Que Falar

O passageiro rebelde de Nova York

Em 2023, um voo doméstico nos EUA teve de retornar à posição de embarque porque um passageiro

recusou-se a colocar a mochila no compartimento superior. O comandante optou por não decolar com o

indivíduo a bordo, recebendo aplausos de outros passageiros.

O caso da máscara no Brasil

Durante a pandemia, passageiros foram retirados de voos nacionais por se recusarem a usar máscara

facial. Mesmo com embarque concluído, as aeronaves voltaram ao finger e os envolvidos foram

escoltados pela polícia.

Falsa ameaça em Londres

Um adolescente foi retirado de um voo em Heathrow após dizer aos amigos, brincando, que estava com

“algo perigoso na mochila”. A aeronave foi evacuada, a bagagem inspecionada e o jovem detido.

A Segurança Está Acima de Tudo

Em um espaço confinado a 10 mil metros de altura, a harmonia e a disciplina são indispensáveis. O

comandante de voo, como responsável legal e técnico pela aeronave, tem respaldo total para tomar

medidas que previnam qualquer risco. Ser retirado de um voo não é apenas um constrangimento — pode

ter implicações legais, multas e até inclusão em listas restritivas de companhias aéreas.

Por isso, da próxima vez que embarcar, lembre-se: o comandante é a maior autoridade naquele céu. E o

respeito à tripulação é parte essencial da sua passagem para um voo tranquilo.

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